Um
estereótipo é uma generalização que as pessoas fazem sobre as características
ou comportamentos de determinados grupos sociais.O estereótipo é uma forma
rígida de pensar que resulta de um processo de simplificação, visto que se
atribui a característica a todos os elementos, mesmo sabendo que pode haver
excepções.
Na
base dos estereótipos está, também, um processo de categorização: colocamos os indivíduos que nos rodeiam em “gavetas”, o que permite orientarmo-nos na
vida social.
Os estereótipos que se partilham dentro dum grupo
depreciam os grupos a que não se pertence, reforçando a identidade do nosso.
Por exemplo, quando alguém diz os “os jovens são malcriados” reforça-se a ideia
de que o grupo a que o emissor da frase pertence não possui esta
característica. Há uma valorização do seu grupo por relação com os outros.

Ao
estereótipo associa-se o preconceito. Este difere do estereótipo por conter uma
avaliação, normalmente negativa. Os exemplos dados acima podem ser
perfeitamente considerados preconceitos, pois está subentendido que a mulher
não é capaz de ter um bom desempenho profissional enquanto cuida da casa e que
o homem não tem habilidade para cozinhar (avaliação negativa).
O
preconceito é constituído por três componentes: cognitiva, emocional e
comportamental. A componente cognitiva está relacionada com a informação
transmitida pelo estereótipo, à qual a pessoa experimenta um sentimento
(componente afetiva) e que se reflete no seu comportamento (componente comportamental).
Comportamentos mais ativos como evitamento, agressões físicas e exclusão,
levam-nos a entrar noutro conceito, a discriminação.

Apesar dos estereótipos serem uma
forma prática de nos orientarmos no mundo, não nos podemos guiar cegamente por
eles, temos que tentar analisar o mundo por nós próprios, porque por vezes
criamos ideias erradas relativamente aos diferentes grupos sociais. Embora eu
aprenda no meu grupo social que aquele indivíduo/grupo é perigoso, antes de
mudar o meu comportamento, tenho que tentar perceber se a realidade é mesmo
essa. Não devemos discriminar ninguém sem antes termos razões para tal.
Diana Lima
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