As relações que se estabelecem entre os membros de um grupo
estão marcadas pela afetividade, estabelecendo entre si diferentes tipos de
interação. As relações podem ser marcadas pela atração e pela agressão, entre
outras.
A atração é
avaliação cognitiva e afetiva que fazemos dos outros e que nos leva a procurar
a sua companhia.
Por que razão é que nos sentimos mais atraídos
por determinadas pessoas?
Vários fatores influenciam a atração como:
1.
Proximidade geográfica: são as pessoas mais próximas aquelas por quem poderemos
sentirmo-nos mais atraídas (como colegas da mesma faculdade ou pessoas que more
na mesma zona ou trabalhe no mesmo local).
3. Atração
física: as pessoas fisicamente mais bonitas são mais populares e causam
melhores impressões iniciais. Deste modo associa-se beleza a atração.
4. Semelhanças interpessoais:
sentimentos, comportamentos, atitudes, opiniões e valores semelhantes. As
pessoas com afinidades aproximam-se.
5.
Qualidades positivas: gostamos mais das pessoas com caraterísticas que nós
consideramos agradáveis.
7.
Reciprocidade: simpatizamos mais com as pessoas que simpatizam connosco. As
apreciações dos outros têm um efeito muito forte na atração.
Em contraste, a agressão é um comportamento que visa
causar danos físicos ou psicológicos com a intenção de destruir. A cultura, o
álcool, a familiaridade com que se exibem armas, os filmes e séries em que a
agressividade é o centro da ação, as provocações e a frustração são fatores que
induzem à agressão.
Mas qual é a origem
deste comportamento? Será que agressividade é inata? Ou é produto da
aprendizagem?
Para responder a estas perguntas Freud, Lorenz, Dollard e
Bandura desenvolveram várias conceções.
Segundo Freud, fundador da psicanálise, a agressão teria
origem numa pulsão inata, a pulsão da morte (thánatos). Os comportamentos
agressivos seriam explicados por uma disposição instintiva e primitiva (e
inconsciente) do ser humano em que a função da socialização é reprimir esta
mesma pulsão.
Para Lorenz, a agressividade humana estava programada
geneticamente, sendo desencadeada em determinadas situações. O ser humano não
teria os mecanismos reguladores da agressividade assim como os animais, o que
explicaria as guerras. (A agressão estaria
programada geneticamente sendo desencadeada em determinadas situações).
Segundo Dollard, a agressão seria provocada pela frustração.
Quando o sujeito não conseguia atingir os objetivos pretendidos, recorria à
agressão. Contudo, esta teoria foi muito criticada pois nem sempre as pessoas
reagem à frustração através de comportamentos agressivos, nem todas as
agressões são efeito de frustração.
Para Bandura, o comportamento agressivo era aprendido por
observação e imitação de modelos. A criança, no seu processo de socialização,
imitaria o comportamento dos pais, dos professores e dos seus pares, incluindo
os comportamentos agressivos.
Bandura desenvolveu observações experimentais em crianças dos
3 aos 6 anos que incidiam sobre a imitação.
Na experiência um grupo de crianças observava um filme em que
adultos a gritavam e agrediam de várias formas um boneco insuflável, enquanto outro
grupo (grupo de controlo) não era submetido à visualização de qualquer filme.
Deste modo, verificou que as crianças que tinham assistido ao filme apresentavam o dobro das respostas agressivas comparativamente ao grupo de controlo, e que inventavam novas formas de agressão que não tinham sido observadas, levando a concluir que os comportamentos agressivos se aprendem por observação e imitação, no contexto de socialização.
Deste modo, verificou que as crianças que tinham assistido ao filme apresentavam o dobro das respostas agressivas comparativamente ao grupo de controlo, e que inventavam novas formas de agressão que não tinham sido observadas, levando a concluir que os comportamentos agressivos se aprendem por observação e imitação, no contexto de socialização.
Séfora Costa nº22
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