quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Socialização, um processo fundamental de inserção social!

Sem dúvida alguma, a socialização é um processo cultural fundamental para a inserção de um indivíduo num determinado grupo social ou comunidade. Este processo consiste na assimilação contínua de certos hábitos e valores que são característicos do grupo no qual o indivíduo será integrado, tornando-o num membro funcional da comunidade, devido à assimilação da cultura que é própria desta. A socialização realiza-se através da oralidade, dos meios de comunicação e dos grupos de referência (bandas favoritas, atores, etc.), sendo inicialmente feita pela “imitação” com o fim do indivíduo se tornar mais sociável. É a partir dela que este desenvolve a sua personalidade e é admitido na sociedade.


Existem dois tipos de socialização: a socialização primária e a socialização secundária.

A socialização primária baseia-se na aprendizagem da linguagem, das regras básicas da sociedade e dos modelos comportamentais da criança, primeiramente através da família, o que para o indivíduo deixa marcas muito profundas para a vida futura desde o momento em que nasce. Esta socialização tem uma grande influência na construção da identidade de uma criança, pois determina interesses, atitudes e comportamentos que o acompanharão ao longo da vida.

Já a socialização secundária consiste numa segunda socialização que tem por objetivo introduzir o indivíduo já socializado em novos setores objetivos da sua sociedade, como por exemplo na escola, num determinado grupo de amigos e/ou no trabalho, existindo uma aprendizagem das expectativas que são depositadas no mesmo por esses setores.

Como dizia o psicanalista Sigmund Freud:  O indivíduo num grupo está sujeito, através da influência deste, ao que com frequência constitui uma profunda alteração na sua atividade mental. A sua submissão à emoção torna-se extraordinariamente intensificada, enquanto que a sua capacidade intelectual é acentuadamente reduzida, com ambos os processos evidentemente dirigindo-se para uma aproximação com os outros indivíduos do grupo.” Ou seja, para nos integrarmos num determinado grupo mais facilmente, muitas das vezes, limitamo-nos a fazer o que vemos os outros fazerem nesse grupo, mesmo que aquilo que os outros fazem vá contra tudo aquilo em que acreditamos, isto permite-nos denotar a grande influência que o que nos rodeia exerce sobre nós.

Em suma, a socialização é o processo de integração do indivíduo numa sociedade, modelando os comportamentos e atitudes aos valores, crenças e normas da cultura em que o indivíduo se insere, sendo este crucial na vida do Homem.


Joana Madureira 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

É possível haver homens sem cultura?

No nosso dia a dia, não é estranho ouvir falar em pessoas sem cultura nenhuma. Mas será que tal pode ser mesmo verdade?

Para verificar a veracidade de tal afirmação, vamos analisar a definição de cultura, que diz que cultura é tudo o que o Homem adquire ao longo da sua existência, através do processo da socialização e que lhe permite adquirir os mais diversos conhecimentos que tornam possível criar os mais diversos tipos de objectos e desempenhar as mais variadas funções. 

Depois da análise da definição de cultura, é possível ver que a mesma é parte integrante da vida em sociedade. Assim, só há um caso de humanos sem cultura, as crianças selvagens. 
Como se indica, as crianças selvagens são pessoas que cresceram privadas do contacto com a sociedade, sendo criadas por animais e, por conseguinte expressam-se essencialmente por sinais, não mostram emoções e não se aproximam dos humanos.

O caso da criança selvagem é um assunto muito debatido na psicologia e os seus casos muito estudados (Amala e Kamala e Rómulo e Reno são os mais conhecidos), dado que nos mostram que dependemos do contacto, das relações com os outros humanos para nos tornarmos o que somos.
Assim sendo, sem mais delongas apresento a minha tese, que é a de que em circunstâncias normais, todos os Homens possuem cultura, sendo uma característica exclusivamente nossa.

Se analisarmos os diversos estratos sociais, verificamos que todos, desde o carpinteiro, que cria objectos, ao político, que comanda o país, passando pelo advogado, que aplica as leis, todos eles têm o conhecimento (pelo menos, idealmente) para realizar as suas funções.
O  mesmo é válido para qualquer habitante de qualquer país (até as tribos mais escondidas da Amazónia possuem cultura, de modo a que possam sobreviver em condições tão adversas, tais como a habilidade para caçar. Podemos concluir que todos estes indivíduos são, portanto, possuidores de cultura. 


João Pacheco, nº14, 12ºA

terça-feira, 29 de outubro de 2013

O ser humano é produto e produtor de cultura?

O ser humano não se resume só às suas caraterísticas biológicas, como também ao contexto social/cultural em que este está inserido. Posto isto, não podemos afirmar que o homem é apenas um ser biológico, mas sim um ser bio cultural.

A cultura, ao contrário do que acontece com as caraterísticas biológicas, não nasce connosco, é adquirida. Podemos definir cultura como sendo tudo aquilo que o Homem acrescenta á natureza, tais como objetos, crenças, teorias, artes…

A cultura tem grande influência na forma como se comporta, pensa e sente o ser humano no seu dia-a-dia. 
Apesar da cultura não ser inata, desde muito cedo influencia o ser humano: 
“A partir do primeiro momento do nascimento, um bebé começa a sentir impacto da cultura: na maneira como vem ao mundo; na maneira como o cordão umbilical é cortado e amarrado; na forma como é lavado e segurado e na maneira como é enfaixado ou vestido.” Deste o modo, o Homem é produto da cultura pois, desde que nasceu, sofreu um processo de socialização em que interiorizou elementos relativos á sua cultura, como o vestuário, comida, dança, música (padrões sociais), e por este motivo, todos os seus comportamentos e relações serão influenciados.

Para além de produto, o ser humano é também produtor de cultura. Isto acontece pois tudo o que é cultura, ou seja, tudo o que foi acrescentado á natureza foi produzido pelo Homem, o que mostra que a cultura está suscetível de sofrer transformação/evolução.
Em suma, nós somos o produto da nossa cultura, pois esta influencia-nos desde sempre o modo como nos comportamos e somos os produtores desta mesma, pois o mundo não para e está em constante mudança/ evolução, de tal modo que a cultura também sofre alterações, pois é o ser humano que cria a cultura. 
                                                                                                            
                                                                                                                      Séfora Costa

Sociedade do Parecer

Esta é a sociedade atual, uma sociedade que impõe modelos às pessoas, que as obriga a obedecer a determinados comportamentos, a terem determinada imagem.
 
     A sociedade é um conjunto de pessoas que, entre outras, têm necessidades sociais. As necessidades culturais/sociais, relacionam-se com a integração e a aceitação da pessoa num determinado grupo. Mas, para que a pessoa seja aceite tem que estar de acordo com determinados modelos que a sociedade lhe impõe, tais como o aspeto físico. Esta tende a recriminar tudo o que foge à normalidade. Mas o que a ela talvez não entende é que estas críticas afetam a vida de uma pessoa, mais concretamente de quem não se insere nessa normalidade.




Pormenorizando, atualmente percebemos, através dos meios de comunicação social, que há uma tendência para preferir corpos magros aos outros tipos de corpos. Basta ver televisão dois minutos, ver uma capa de revista ou então assistir a um desfile de moda. O facto de estarmos sempre a ser confrontados com essas pessoas que nos parecem lindas, leva-nos a pensar que se tivessemos um corpo igual, também nos iam achar.
Deste modo, mesmo que estejamos bem com o nosso corpo, o facto de a sociedade preferir outro e elogiar o outro permanentemente vai fazer-nos sentir obrigados a mudar, para que nos sintamos integrados. A necessidade de mudança é tão forte que tendemos a ir por caminhos mais rápidos, mas nem sempre os melhores. Refiro-me à anorexia. A pessoa sentiu a necessidade de emagrecer o mais rapidamente possível, o que a levou a deixar de comer, pois achou que era a maneira mais rápida.


É ridiculo o facto de a sociedade impor padrões, uma vez que se os seguissemos, seriamos todos iguais, não havia caraterísticas que distinguissem, pelo menos fisicamente, as pessoas. Considerar a barbie o modelo de rapariga perfeita: cabelo loiro com olhos azuis, alta e magra é outro erro da sociedade. O facto de a barbie ser bonita não significa que para uma rapariga ser considerada como tal, tem de ter estas caracteristicas, até porque existem outras que também fazem uma rapariga bonita. 


Assim, a sociedade exige a pessoa a parecer e não a ser, pois por mais que a pessoa se sinta bem com ela própria, o facto de não se sentir integrada, vai fazê-la achar que afinal, não tem razão para se sentir bem, obrigando-a a mudar. Ela então, vai começar a parecer uma coisa, que na realidade não é, mas sim o que a sociedade quer que ela seja.
       
                                                                                                                   Diana Lima

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Nascemos bons, maus ou nem bons nem maus?



Existem várias respostas para esta questão, mas as mais usuais dividem-se entre a “Ordem de Rousseau” e a “Legião de Hobbes”.
A “Ordem de Rousseau” defendia que todos os Homens nascem bons e é a sociedade que os distorce, tornando-os maus.
E a “Legião de Hobbes” afirmava que o Homem é mau por natureza e é a sociedade que o “cura”, tornando-o bom.
Algumas pessoas não concordam com nenhuma destas teorias e acham que quando nascemos somos neutros. Ou seja, nem bons nem maus, não existindo connosco essa “capacidade” para decidir.
O Homem à nascença é um Ser puramente biológico e, nesse sentido, sem qualquer noção do que seja o Bem e o Mal. Com o decorrer da vida e de acordo com o meio social em que vivemos e aquilo que nos acontece, é que “construímos” a nossa personalidade.

A ciência defende que o ser Humano é por natureza mau? (violento /agressivo?), que essa “maldade” está inscrita nos nossos genes?!

 Os cientistas acham que esta “maldade” começa logo na fecundação, porque nessa fase somos colocados numa disputa. Corremos para sermos os primeiros, não havendo lugar para os segundos. Quando chegamos ao “destino” (óvulo) a nossa função é romper e invadir o óvulo. O ambiente de violência intensifica-se e é acumulada no vencedor (nós). Esta violência vai continuando ao longo da gravidez, no momento da divisão da célula, até ao romper da bolsa amniótica.
Os cientistas dizem que a capacidade de sermos violentos e maus nasce connosco, havendo depois uma pressão social para mantermos o nosso instinto escondido, doutrinado, repelido, reprimido, etc.
O fato é que no nosso dia-a-dia sem nós notarmos estamos a ser maus. Um exemplo disso é quando vemos na televisão uma notícia de uma pessoa que manteve três crianças em cativeiro durante anos, as maltratou e as violou e agora foi preso, pensamos para nós que ele não devia nem merecia ser preso, mas sim morto pelo sofrimento que causou àquelas raparigas. Nesse instante o nosso subconsciente falou mais alto e mesmo sem notarmos estamos a ser maus, este tipo de pensamentos já esta “inserido” em nós, nos nossos genes, na nossa personalidade.


E ele puxou o gatilho da 6.35, bazou, deixou sangue no recinto
Ele era um puto normal, um puto bombástico
Mas era maltratado pelo padrasto, a mãe não tinha tempo para intervir
Trabalhava horas extras numa fábrica para subsistir
Sem tempo para o acompanhar ou dar educação
Primeiro meteu patelas, depois veio o sabão
Passou para os quilos, depois veio o filho,
Passou para as bases, depois o vicio (e a ressaca)
Começaram os assaltos à mão armada, a joalharias
Com Fiat unos roubados e gonarias de todos os lugares
De todos os bairros, do Aleixo ao Tarrafal até criar um gang local
O seu pai estava demente, estava a flipar
Veterano, ex-combatente do ultramar
Tinha ido para morrer, tinha ido para matar
Mas não estava preparado para o que ia enfrentar
Veio traumatizado com quem tinha matado
Com pastilhas que tinha tomado, obrigado a ingeri-las com a comida
Continham LSD e anfetaminas, drogas químicas
O puto acabou condenado, encarcerado
A mãe com um desgosto e o pai alcoolizado
Pousa essa arma, e lê um livro, não é mau carma
Diz livre-arbítrio, vê se tens calma, vence esse vicio
Andas em circulo, quebra esse ciclo, não estás perdido
Há um caminho, tens uma mente, alimenta o espirito
Planta a semente, sê positivo, dissipa o ódio e ama o próximo


Eu tirei esta música dos Dealema, para ilustrar a minha opinião, eu acho que nós nascemos bons e é a sociedade que nos torna maus.
 Tornamo-nos assim devido a coisas que nos acontece, à falta de importância por parte das pessoas mais próximas de nós, entre muitas outras coisas.
Eu acho que esta música é um exemplo disso porque, e como diz a música, ele era uma pessoa normal e por ser maltratado pelo padrasto, por causa da mãe não o poder ajudar, ele começou a entrar por maus caminhos, a tornar-se mau, de pequenas coisas como ingerir estupefacientes passou para assaltos á mão armada, acabando por ser detido. 


 Joana Pereira, nº26 12ºA

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Direito de matar ou direito de morrer?

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), ratificada pela maioria dos países, com exceção dos Estados Unidos da América e da Somália, todo o indivíduo, quando nasce, é dotado de direitos, nomeadamente, o direito à vida.

 Contudo, na atualidade, são vários os países que legalizaram a Eutanásia (Jornal de Notícias).
 Será que não há uma contradição de ideologias?

O estudo foi feito a 30 elementos do sexo masculino e 30 do sexo feminino.

Se, por um lado, o estado tem como princípio proteger a vida dos cidadãos, por outro, existem pessoas que devido a um estado vegetativo ou até mesmo a uma doença terminal de saúde, desejam pôr um fim no seu sofrimento.
Na minha opinião, este assunto continua a ser muito controverso, pois, será que temos o direito de matar, mesmo sendo desejo do indivíduo, ou será que a pessoa tem o direito de morrer?



Na verdade, este assunto pode assumir diversas opiniões, pois há quem defenda que é discriminatório negar o pedido a uma pessoa que esteja em sofrimento, outros defendem que é uma "morte com dignidade", apesar de nem sempre ser verdade- uma das formas menos utilizadas, mas mais chocantes de realizar a Eutanásia, trata-se de asfixia por meio de um saco plástico, segundo uma organização pró-eutanásia.
Ramón Sampedro


Um exemplo de um caso de Eutanásia é o de Ramón Sampedro, um espanhol tetraplégico desde os seu 26 anos que não suportava mais viver. O direito a
Eutanásia não lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracterizava-a como um homicídio, então, com a ajuda de amigos, planeou a sua morte de maneira a não incriminar ninguém e, em 15 de Janeiro de 1998, foi encontrado morto.

Theresa Marie Terri Schiavo




Outro exemplo, Theresa Marie, uma mulher de 41 anos que, em 1990, teve uma paragem cardíaca e permaneceu, no mínimo, 5 minutos sem fluxo sanguíneo cerebral, ficando, assim, em estado vegetativo. Após uma longa disputa familiar, judicial e política, foi-lhe retirada a sonda que a alimentava e a hidratava acabando, assim, por morrer, em 31 de Março de 2005.





 Já no século XVIII, Immanuel Kant, apesar de acreditar que as verdades morais se fundiam na razão e não na religião, pensava que "O homem não pode ter o poder de dispor da sua vida" .
Desta forma, posso concluir que, se a Eutanásia for aceite, quer legalmente, quer apenas em termos práticos, um certo grau de coerção/imposição, mesmo que voluntária, será sempre inevitável.
(Podemos encontrar na televisão portuguesa, mais propriamente na TVI, um filme, em "Casos de Vida"  que retratam a tristeza e outros sentimentos que rodeiam as pessoas nessas indecisões marcantes. Fica aqui o trailer para caso houver interesse de alguém.)
 

Diana Leite 

Será que podemos considerar o sexo uma necessidade fisiológica?

Abraham Maslow propôs uma pirâmide denominada de “Hierarquia das necessidades de Maslow”, onde estão divididos os cinco principais tipos de necessidades do ser humano. 


Fig. 1) Hierarquia das necessidades de Maslow

Na figura 1, podemos observar que o sexo pertence ao grupo das nossas necessidades fisiológicas. Sobre tal constatação, as opiniões divergem. Afinal, o sexo é a única necessidade básica que caso não seja realizada, não põe em risco a vida do indivíduo. Analisando o caso com outros olhos, formei a minha opinião sobre o assunto: o sexo, tanto como fonte de reprodução como fonte de prazer, é uma necessidade fisiológica. 

A necessidade de perpetuar a espécie e o instinto sexual fazem parte de nós. Não aprendemos a criar um instinto, não nos foi ensinado na escola: nascemos assim. Se duas pessoas de sexo diferente vivessem isoladas (numa ilha, por exemplo) sem noção da civilização e da cultura que todos conhecemos e adquirimos, estas iriam satisfazer as suas necessidades fisiológicas de acordo com os seus instintos. Esses indivíduos iriam comer, beber, dormir e, na altura da adolescência, iriam sentir a necessidade de contacto sexual, mesmo não sabendo teoricamente o que é o sexo. 

Um filme que retrata bem esta realidade é “Lagoa Azul” de Randal Kleiser. No meio de todo um enredo elaborado, o filme mostra-nos como dois jovens perdidos numa ilha, chegando à fase da adolescência, descobriram a sexualidade e a reprodução de forma instintiva. 

Fig. 2) Cena do filme "Lagoa Azul"

Partindo deste princípio, concluo que o instinto sexual é essencial para a nossa espécie. Se para o ser humano é fundamental comer e beber para não por em risco a sua vida, ter relações sexuais também é algo fundamental para que a espécie não se extinga.

Além disso, o sexo como fonte de prazer também deve ser considerado uma necessidade fisiológica. A falta de sexo pode provocar frustrações e até mesmo depressões. A necessidade do corpo se encher de prazer persegue o Homem. Conta-nos a história que os marinheiros recorriam a prostitutas sempre que atracavam os navios e muitos deles mantinham relações sexuais entre si a bordo.

Fig.3) Obra de Paul Cadmus, "Marinheiros e as prostitutas"

Actualmente podemos observar também esta necessidade de prazer. Se o sexo não é uma necessidade básica do ser humano e se ele consegue viver sem tal, questiono-me o porquê do número de violações registado em Portugal, em 2010, ter atingido os 424 casos (valores registados nas estatísticas do Ministério da Justiça). Questiono-me também o porquê de inúmeras notícias de pedofilia por parte de padres e sacerdotes, indivíduos reprimidos a nível sexual. Só em Boston (nos Estados Unidos), 237 sacerdotes foram acusados de abuso sexual (para mais informações clica aqui).
Terão todas estas pessoas distúrbios mentais ou será que, em certos casos, podemos associa-las à enorme, imoral e descontrolada vontade de satisfazer esta necessidade básica que é o prazer físico?

A nossa procura por sexo é tanta que a cada segundo são gastos aproximadamente 2229 euros em sites pornográficos por todo o mundo. Por dia, são feitas cerca de 68 milhões de pesquisas relacionadas com pornografia (25% de todas as pesquisas). 35% de todos os downloads feitos na Internet são vídeos relacionados com sexo e pornografia. Estes são os resultados de uma sociedade onde o sexo não é encarado como uma necessidade básica e é reprimido. 

Devemos começar a encarar o sexo como uma necessidade fisiológica, o nosso corpo e a nossa espécie necessitam disso. Sem ele, certamente que não estaríamos aqui. 


Catarina Marques

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Igualdade divergente!

O que nos torna realmente diferentes uns dos outros?

Certamente que muitos recorrerão à resposta mais simples e mais óbvia, os genes.

Mas se todos tivéssemos os mesmo genes, seriamos apenas clones uns dos outros? Seriamos apenas 
máquinas, produzidas em série?


Existe algo que nos deferência para além no nosso ADN, a cultura de cada um.

Segundo o Wikipédia, mais especificamente nas palavras de Edward B. Tylor, cultura define-se por “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.

Sendo o Homem um ser sociável esta definição faz todo o sentido na sua extensão.

Várias opiniões contraditórias, estudadas em filosofia, surgiram no séc. XIX relativamente à existência de conhecimento na mente do ser humano á nascença e a adquirição do mesmo mais tarde. Na minha opinião toda a gente nasce com a mente "branca" e vai construindo a sua personalidade ao longo do tempo.

Assim "igualdade divergente" funciona como síntese desta opinião, visto que somos todos iguais á nascença, isto é, "culturalmente vazios", e ao longo do seu percurso cada um adquire diferentes culturas, divergindo.

Devido a este efeito estamos perante uma sociedade mundial multicultural, na qual encontramos diferentes costumes, vestuários, arte, gastronomia, educação e valores dos diversos pontos do mundo.



Um exemplo simples de esta diferença cultural é a comparação de uma adolescente indiana e outra portuguesa. Iremos encontrar bastantes diferenças para além da sua fisionomia.

Sendo assim considero a cultura a parte mais importante no desenvolvimento de um ser humano.


Fernando Freire 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

- Natural Born Killers


Natural Born Killers  é um filme policial satírico de 1994. Um filme de extrema violência, dirigido pelo sempre polémico Oliver Stone. "Assassinos Natos ", retrata a violência que existe na sociedade contemporânea, do século XX, que se estende até hoje, já em pleno século XXI.

Mickey Knox e Mallory Knox interpretados por Woody Harrelson e Juliette Lewis unem-se pelo desejo que sentem um pelo outro e por amarem a violência. Os dois, vítimas de infâncias conturbadas, tornam-se foras-da-lei, amantes e serial killers.

Mickey e Mallory têm graves “cicatrizes” de infância, uma infância traumática e têm agora o instinto assassino nas veias. Um é o refúgio do outro e vivem em total liberdade viajando pela Rota 66, matando indivíduos, não por dinheiro, apenas por ser divertido mas deixando sempre alguém vivo para contar o autor dos crimes. Louvados através dos meios sociais,principalmente das noticias telivisivas, tornam-se lendários por meio dos depoimentos das únicas pessoas que sobrevivem aos seus ataques.

Os media fazem-lhes mais pressão que a própria policia. Matam porque só eles importam. Tornam-se uniformizados( normais) e têm audiências. É surreal! Mickey e Mallory são o centro das atenções, por intermédio da imprensa sensacionalista e o repórter Wayne Gale (Robert Downey Jr.), o principal responsável, coloca-os no programa de televisão “American Maniacs”. Mesmo a captura deles pela polícia, e já ambos na cadeia, a enorme popularidade dos criminosos aumenta. Todo o filme não tem regras, normas nem leis. Com o abuso de várias técnicas cinematográficas, desde animação até ao preto&branco.

Na minha opinião “Natural Born Killer " tem estilo apoiado e muito bem conseguido com um argumento excelente, concebido pelo controverso Oliver Stone. Uma banda sonora de acordo e Woody Harrelson no seu melhor papel. Muito provocador, os maus da fita são os heróis. Incrível! Para os mais curiosos e interessados aqui fica o trailer .




Bons ou maus à nascença?

Na realidade ninguém nasce assassino/agressivo, o ser humano não nasce bom nem mau, Mas centrando-me na questão essencial, para quem não sabe, Rousseau , segundo a teoria da bondade natural do Homem, defendia que todos os homens nascem bons, e esta natureza pura acaba por vir a ser corrompida pela sociedade em que se vive e está adaptado, que a altera e vicia. Hobbes, por outro lado, afirmava que o homem é mau por natureza, e é a sociedade que o cura da sua maldade, reconduzindo o comportamento humano a um rumo/caminho certo.
 

As duas teses referidas são demasiado extremistas para serem levadas a sério. Não se trata apenas do mal e do bem...da luz e da escuridão...e então a camada cinzenta? A tal neutralidade que não toma partidos?
Portanto, na minha opinião os seres humanos nascem neutros: e são as suas escolha/ atitudes, que vêm a moldar a essência humana. Isto, porque não é o interior humano que define homem, mas sim os seus atos, os seus comportamentos.

Deixo-vos uma citação de um grande filósofo Friedrich Nietzche: "O homem é definido como um ser que evolui, como o animal é imaturo por excelência."

No entanto, infelizmente, somos confrontados diariamente com noticias de suicídios, assassinatos, homicídios, sequestros , violações, de pessoas que aparentemente não têm atitude agressiva, nem mente criminosa. Mas o facto é que estas notícias chocantes enchem frequentemente os nossos ecrãs.

Aqui temos o exemplo de uma notícia que o Sr, jornalista Hélder Silva comentou na palestra:




Sónia Talagaia nº 23 12ºA 



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

As mas influencias da sociedade nos nossos comportamentos

Terá a sociedade alguma influência na nossa personalidade ou na forma como nos comportamos? Há quem diga que sim, que a forma como nos comportamos é baseada na nossa sociedade e no meio que nos rodeia, e também há quem diga que não, que já nascemos com a nossa personalidade e os nossos comportamentos já definidos. Do meu ponto de vista o Homem nasce puro e ingénuo sem qualquer noção de maldade, a sociedade é que da ao ser humano a noção de maldade.
 O homem torna-se mau devido aos seus interesses sociais, e aos exemplos que recebe. É muito provável que uma criança que assista a violência domestica entre os seus pais venham a cometer atos de violência domestica no futuro, tal como uma criança que viva numa casa em que o pai e toxicodependente e a mãe viciada em álcool, ou vice-versa, muito provavelmente essa criança também no futuro terá um desses vícios. Uma criança que seja egoísta e que esteja habituada a ter tudo poderá se tornar numa pessoa má pois ira querer tudo para ela ate ao ponto de ter de ``afastar´ ´outra pessoa para poder ter tudo para ela. Também se uma criança fizer alguma coisa de errada e nos estivermos sempre a dizer-lhe que é ma ou negligenciar-mos essa criança, ela ira desprezar a sociedade tornando-se ma e corrompida pela sociedade. Por outro lado se uma criança nascer numa família ``normal´´ na qual seja amada e a ame existe menos probabilidades de que esta seja má por natureza.

 Como pudemos ver no filme ``Assassinos natos´´ as personagens principais Mikey e Mallory Knox tornam-se assassinos em massa por causa deles terem crescido em famílias disfuncionais em que os carinhos e o amor eram ausentes pois a Mallory era abusada sexualmente pelo próprio pai e a mãe simplesmente fazia de conta q n acontecia nada e os pais do Mickey insistiam em dizer q ele era uma pessoa ma tendo isto contribuindo para aumentar a raiva por eles sentida tendo isto resultado nas 48 mortes em 3 semanas. 
                 
                                                                    Joao pereira 12ºA Nº17

terça-feira, 15 de outubro de 2013

"Assassinos Natos"

O filme “Assassinos Natos”, realizado por Oliver Stone, faz um retrato da violência existente na sociedade contemporânea e actual através da vida de um casal de psicopatas. Faz ainda uma crítica à imprensa sensacionalista, que os glorifica e faz deles uns “quase heróis” da América.

Gravado com uma variedade de estilos, a cores e a preto e branco, com diferentes perspetivas de câmaras, lentes e efeitos especiais, juntando-lhe os desenhos animados, dá a ideia de que é de loucos! E é mesmo!

Mickey e Mallory Knox (interpretados por Woody Harrelson e Juliette Lewis, respetivamente) foram vítimas de infâncias traumáticas, o que levou a que enveredassem por uma carreira de serial killers, apenas como expressão dos seus instintos básicos.

Considerados uma versão mais violenta de Bonnie e Clyde, Mickey e Mallory assassinam 48 pessoas em 3 semanas, deixando apenas um sobrevivente para que este possa contar quem foi o autor de tais brutalidades, o que dá para perceber o quão lunáticos são! De todos os crimes que cometem, apenas se arrependem de um, a morte acidental de um indiano que os acolheu e alimentou quando estavam perdidos no deserto, apesar de este afirmar que Mickey é um demónio branco e que Mallory é louca e vive num mundo de fantasmas.

O filme começa por mostrar algumas imagens de animais selvagens, nomeadamente uma cascavel, um escorpião e uma águia, que vão passando ao longo do filme, juntamente com outros. Estes representam o instinto animal, instinto selvagem, de sobrevivência, que podemos relacionar com o comportamento que Mickey e Mallory manifestam ao longo do filme – deixam de ser animais racionais ao matar sem piedade, e passam a revelar comportamentos animalescos, baseados nos instintos. 


Jean-Jackes Rousseau foi um filósofo iluminista do século XVIII, que escreveu uma obra intitulada “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, onde defendia que “A natureza fez o Homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável”. Trata-se da “teoria do bom selvagem”.

Para Rousseau, no início da existência do Homem, este tinha poucas necessidades, vivia de forma natural, sem electricidade e aparelhos tecnológicos, e começava a agregar-se em pequenas comunidades. Foi a época de ouro para a Humanidade. Não havia desigualdades sociais, viviam em paz uns com os outros. Com o estabelecimento da propriedade privada, foi exigido aos mais fracos que obedecessem aos mais fortes, dando início às desigualdades sociais, que se prolongaram até à sociedade actual. O Homem nasceu livre, mas a sua maldade advém com a sociedade.

A história de vida de Mickey e Mallory vem exemplificar a teoria do “bom selvagem”. No caso de Mallory, o seu pai abusava sexualmente dela e era negligenciada pela mãe, teve uma infância infeliz que se reflectiu em quem se tornou em adulta. Mickey teve uma infância parecida, em que ambos os pais eram abusivos. O facto de as crianças terem crescido numa família disfuncional, com ausência de carinhos e afetos, e portanto, não terem de facto tido uma infância dita normal, contribuiu para que se tornassem assassinos em série. 
Caso contrário, se tivessem crescido numa família que os amasse, seriam pessoas normais, que, em situações normais, seriam incapazes de matar alguém.

Tendo como base a teoria do “bom selvagem” de Rousseau, vou formular a minha própria teoria, que em pouco difere da de Rousseau, apenas no facto de que o Homem não nasce bom nem mau, ele apenas nasce, a sociedade altera-o.

Neste caso, se uma pessoa nascer numa família de corruptos, traficantes, o que quer que seja, tem maior probabilidade de se tornar no mesmo que os pais. Mas se nascer numa família cujos valores mais pronunciados são a honestidade, a partilha e a humildade, a probabilidade de se tornar uma pessoa má é mais pequena do que se crescer numa família traumática. É claro que todas as regras têm exceções, podem nascer boas pessoas em más famílias e más pessoas em boas famílias, não houvesse para todas as regras uma exceção, mas a probabilidade de isso acontecer é mínima. Assim sendo, este filme tanto pode estar inserido na teoria de Rousseau como na minha teoria; eu apenas mostrei os dois lados da questão. Cada um tem a sua opinião, pode optar por escolher uma destas ou pode ter uma opinião diferente.

“Assassinos Natos” levanta várias controvérsias, nomeadamente a censura e os crimes ‘copycat’ – o filme foi proibido em muitos países por promover a violência e inclusive os produtores foram processados por um casal ter visto o filme antes de cometer um crime; e após a saída do filme, vários crimes foram cometidos com a intenção de copiar o que o casal protagonista faz.


Não é correto afirmar que o filme influencia as pessoas quando o próprio filme é um retrato da sociedade em que se vive, como diziam os slogans na época: "A bold new film that takes a look at a country seduced by fame, obsessed by crime and consumed by the media" ("Um novo filme ousado que lança um olhar sobre um país seduzido pela fama, obcecado pelo crime e consumido pelos meios de comunicação")


Joana Dias, nº14 12ºA


“ Natural born Killers”

   É um filme, em que está presente uma forte crítica, que retrata a história de um casal culpado de dezenas de mortes e assassinatos.
Mickey knox e Mallory Knox eram os assassinos mais conhecidos pela população através dos mídia, dos seus fâs, das mortes e do pânico que causaram devido a seram assassinos em série.

Estes eram os mais procurados pelo mundo inteiro, que por consequência acabaram por serem capturados.  Até que a dada altura, um repórter chamado Wayne Gale teve a ideia de entrevistar o maior assassino da história no programa “American Maniacs”, através das celebres frases de Mickey Knox, que causaram um pânico por toda a cadeia, em que torturavam todos os policiais. Em resultado destes acontecimen~tos todos Mickey Konx e Mallory Knox tornaram-se novamente fugitivos fazendo o seu ultimo assassinato, que foi a morte do repórter Wayne Gale.

  •    Será que estes comportamentos se devem a disfunções cerebrais, biológicas ou a tramas neurológicas?


Na minha opinião, os comportamentos devem-se à junção da disfunção cerebral, da biológica e de traumas neurológicos .

A nível biológico tem haver com a transmissão de genes assassinos como psicopatas, mas ao mesmo tempo por tramas neurológicos, por exemplo quando Mickey Knox acompanhava o seu pai e do nada viu-o a ser assassinado por um homem com o tiro certeiro no peito, que causou morte imediata. Já no caso de Mallory Knox, era constantemente violada pelo seu pai e maltratada pelo seu núcleo familiar.
Todos estes acontecimentos/tragédias causou nestes dois seres humanos um grande rancor, uma raiva dentro de si inigualável. Que em muitos casos provocou a morte de muitas pessoas, Contudo, o argumento a favor destas duas personagens para o seu não arrependimento, foram as vivências negativas da sua infância, como é óbvio não explicita todas as ações que as duas personagens tiveram ao longo da sua vida.





                                                                      João Braga 12ºA nº: 18