sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Direito de matar ou direito de morrer?

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), ratificada pela maioria dos países, com exceção dos Estados Unidos da América e da Somália, todo o indivíduo, quando nasce, é dotado de direitos, nomeadamente, o direito à vida.

 Contudo, na atualidade, são vários os países que legalizaram a Eutanásia (Jornal de Notícias).
 Será que não há uma contradição de ideologias?

O estudo foi feito a 30 elementos do sexo masculino e 30 do sexo feminino.

Se, por um lado, o estado tem como princípio proteger a vida dos cidadãos, por outro, existem pessoas que devido a um estado vegetativo ou até mesmo a uma doença terminal de saúde, desejam pôr um fim no seu sofrimento.
Na minha opinião, este assunto continua a ser muito controverso, pois, será que temos o direito de matar, mesmo sendo desejo do indivíduo, ou será que a pessoa tem o direito de morrer?



Na verdade, este assunto pode assumir diversas opiniões, pois há quem defenda que é discriminatório negar o pedido a uma pessoa que esteja em sofrimento, outros defendem que é uma "morte com dignidade", apesar de nem sempre ser verdade- uma das formas menos utilizadas, mas mais chocantes de realizar a Eutanásia, trata-se de asfixia por meio de um saco plástico, segundo uma organização pró-eutanásia.
Ramón Sampedro


Um exemplo de um caso de Eutanásia é o de Ramón Sampedro, um espanhol tetraplégico desde os seu 26 anos que não suportava mais viver. O direito a
Eutanásia não lhe foi concedido, pois a lei espanhola caracterizava-a como um homicídio, então, com a ajuda de amigos, planeou a sua morte de maneira a não incriminar ninguém e, em 15 de Janeiro de 1998, foi encontrado morto.

Theresa Marie Terri Schiavo




Outro exemplo, Theresa Marie, uma mulher de 41 anos que, em 1990, teve uma paragem cardíaca e permaneceu, no mínimo, 5 minutos sem fluxo sanguíneo cerebral, ficando, assim, em estado vegetativo. Após uma longa disputa familiar, judicial e política, foi-lhe retirada a sonda que a alimentava e a hidratava acabando, assim, por morrer, em 31 de Março de 2005.





 Já no século XVIII, Immanuel Kant, apesar de acreditar que as verdades morais se fundiam na razão e não na religião, pensava que "O homem não pode ter o poder de dispor da sua vida" .
Desta forma, posso concluir que, se a Eutanásia for aceite, quer legalmente, quer apenas em termos práticos, um certo grau de coerção/imposição, mesmo que voluntária, será sempre inevitável.
(Podemos encontrar na televisão portuguesa, mais propriamente na TVI, um filme, em "Casos de Vida"  que retratam a tristeza e outros sentimentos que rodeiam as pessoas nessas indecisões marcantes. Fica aqui o trailer para caso houver interesse de alguém.)
 

Diana Leite 

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