No nosso dia a dia, não é estranho ouvir falar em pessoas sem cultura nenhuma. Mas será que tal pode ser mesmo verdade?
Para verificar a veracidade de tal afirmação, vamos analisar a definição de cultura, que diz que cultura é tudo o que o Homem adquire ao longo da sua existência, através do processo da socialização e que lhe permite adquirir os mais diversos conhecimentos que tornam possível criar os mais diversos tipos de objectos e desempenhar as mais variadas funções.
Depois da análise da definição de cultura, é possível ver que a mesma é parte integrante da vida em sociedade. Assim, só há um caso de humanos sem cultura, as crianças selvagens.
Como se indica, as crianças selvagens são pessoas que cresceram privadas do contacto com a sociedade, sendo criadas por animais e, por conseguinte expressam-se essencialmente por sinais, não mostram emoções e não se aproximam dos humanos.
O caso da criança selvagem é um assunto muito debatido na psicologia e os seus casos muito estudados (Amala e Kamala e Rómulo e Reno são os mais conhecidos), dado que nos mostram que dependemos do contacto, das relações com os outros humanos para nos tornarmos o que somos.
Assim sendo, sem mais delongas apresento a minha tese, que é a de que em circunstâncias normais, todos os Homens possuem cultura, sendo uma característica exclusivamente nossa.
Se analisarmos os diversos estratos sociais, verificamos que todos, desde o carpinteiro, que cria objectos, ao político, que comanda o país, passando pelo advogado, que aplica as leis, todos eles têm o conhecimento (pelo menos, idealmente) para realizar as suas funções.
O mesmo é válido para qualquer habitante de qualquer país (até as tribos mais escondidas da Amazónia possuem cultura, de modo a que possam sobreviver em condições tão adversas, tais como a habilidade para caçar. Podemos concluir que todos estes indivíduos são, portanto, possuidores de cultura.
João Pacheco, nº14, 12ºA
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