
Mas para que um individuo
“assimile” cultura, e portanto, se torne num ser cultural, tem de conviver com
determinados grupos que vão ajudar a esse processo, que o vão ajudar a inserir-se
no seu meio sociocultural. Destes grupos, que denominámos de agentes de socialização,
destacam-se a família, os grupos de pares, a escola e a comunicação social, e é
sobre este último que nos vamos concentrar.
Todos temos (ou devíamos ter)
consciência de que a nossa Constituição pressupõe o princípio de separação dos
poderes, o executivo, o judicial e o legislativo. Mas nem toda a gente tem
consciência do que é o “quarto poder”. Mas afinal o que é?
O termo surgiu em meados do século
XVIII, enunciado por Edmund Burke, um parlamentar inglês. Segundo se conta,
certo dia este apontou para a galeria da imprensa e disse: “Ali está sentado o
quarto estado, mais importante que todos os outros.”. A expressão ficou e
passou a designar a imprensa, o “quarto poder”.
· Mas em que medida é que a comunicação social
contribui para o processo de socialização de um individuo?
Na medida em que todos os meios
de comunicação, desde a televisão aos jornais, influenciam as atitudes dos
indivíduos através da informação que transmitem. Manipulam a opinião pública e
chegam a ditar regras de comportamento e a influenciar as escolhas dos
indivíduos.
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O comportamento revelado por algumas celebridades, por vezes não é um bom modelo a seguir, e esse comportamento vai influenciar as atitudes e escolhas dos indivíduos. |
Atualmente, o que mais vende na
imprensa é a vida dos famosos, as revistas cor de rosa. A imprensa divulga a
vida dessas pessoas, todos os detalhes, até os seus erros. O certo é que as
pessoas que apreciam esses famosos, que seguem a sua vida de perto, vão ser
influenciadas pelo comportamento que estas demonstram, o que não acontecia, se
a imprensa não divulgasse.
Este controlo dos média sobre a
opinião pública está retratado no filme “O Quarto Poder” (“Mad City”) de
Costa-Gavras.
Joana Dias
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