À primeira vista associamos o conformismo ao
que é mais correto e inconformismo ao marginalismo. Tal acontece porque o
conformista segue a maioria (o grupo) e não levanta objeções. Pelo contrário,
ser inconformista implica não aceitar e não seguir o que a maior parte das
pessoas defende, pressupõe uma certa revolta contra a sociedade. Fatores como
personalidade, auto-estima e posição na sociedade contribuem para o conformismo
da pessoa.
Mas nem tudo do incorformismo é mau, sem ele não havia inovação, não havia progressos na sociedade e por isso não podemos interpretar sempre a desobediência como uma atitude prejudicial.
Para comprovar que nem todo o incoformismo é mau foquemo-nos na emancipação da mulher, na busca de direitos por parte desta. A mulher a certa altura cansou-se de ter vida doméstica, de ser apenas uma dona de casa e obedecer ao marido. A mulher começou a querer ser parte ativa na sociedade: inserir-se no mercado de trabalho, ter um salário igual ao dos homens, ter o direito de votar (movimentos sufragistas). No fundo a mulher queria conquistar espaço que não era seu, mas lhe pertencia.
E se a mulher tivesse sido obediente? E se a
mulher tivesse aceitado passivamente o que lhe era imposto? De facto, nem sempre
ser inconformista é ser marginal e que ser diferente não implica estar errado.
Assim, há que encontrar um equílibrio entre
estes dois pontos de vista. Devem existir momentos em que seja adequado associarmo-nos
à maioria, mas outras vezes devemos impormo-nos e defender uma causa que consideremos mais
apropriada.
Diana Lima
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