Ao longo de todos os tempos, na história da psicologia, houve investigadores que deram mais ênfase a parte biológica do que há parte social, ou vice versa. No entanto, actualmente resiste-se a qualquer atitude redutora que relegue a mente para qualquer um dos campos.
Natureza biológica da mente
Devido as descobertas feitas no fim do sec XX, começou um certo interesse por parte dos cientistas pela relação corpo-mente centradamente no cérebro com o objectivo de estudar a forma como diferentes áreas cerebrais se relacionam com diferentes tipos de informação e de que modo as alterações mentais se processam.
O cérebro é encarado como o núcleo processador da mente, uma peça essencial do hardware e, como tal, a sua arquitectura e funcionamento teriam de ser estudados.
Como Edgar Morin (principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade) nos diz:
“ Não há, portanto, traços humanos que não tenham uma fonte biológica”
Natureza sociocultural da mente
Como sabemos, o cérebro sofre alterações, quer ao nível da sua estrutura física, quer ao nível do seu funcionamento, estas mudanças são provocadas pela vivência social e pela cultura, um bom exemplo é a criança selvagem, esta toma atitudes diferentes as de um ser humano normal para além de não ter as mesmas capacidades, como o falar por exemplo. Todo o corpo sofre modificações resultantes da interacção com o meio.
Dos comportamentos mais simples aos mais complexos está presente a marca da vida em sociedade.
Natureza biossociocultural da mente
A complexidade humana só pode ser compreendida se tivermos em conta as dimensões biológica e sociocultural, cintando mais uma vez Edgar Morin, “todo o acto humano, é ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural”.
O modo como nos comportamos, aquilo que somos e como somos, é resultado das características biológicas, da influência dos contextos e das situações.
Para se compreenderem as características da situação e do contexto, é importante ter em conta a cultura e os modos de interacção social e também a história de vida de cada um.
Por isso, é impossível compreender como somos, como pensamos, como agimos, sem referência ao mundo em que vivemos.
A alimentação, é um dos exemplos em que a influencia cultural e social está bastante presente num processo biológico como este.
O impulso da fome é um mecanismo fisiológico. Quando temos fome, o nosso corpo responde nos com dores no estomago, contraçoes, e isso leva-nos a comer, no entanto, nos seres humanos, este impulso está associado a uma aprendizagem ( o que comemos, quando comemos e como comemos, ultrapassa as determinações orgânicas)
Outro bom exemplo é a sexualidade, em que existe a componente biológica e a componente social muito interligados
A sexualidade no ser humano tem uma matriz biológica : envolve o sistema endócrino (glândulas sexuais), a hipófise e o hipotálamo.
No entanto, a influência cultural faz-se sentir de uma forma muito intensa em questões como: diferentes manifestações do impulso sexual, relacionamento sexual antes do casamento, homossexualidade e adultério ...
Necessidade e desejo
estivemos a analisar o comportamento do funcionamento humano e o funcionamente. da mente relacionando o com forças impulsionadoras que lhe dão sentido e dinamismo. As necessidades e os desejos são essas forças que orientam o ser humano com vista a um objectivo, a um fim.
O nosso corpo traz consigo necessidades, algumas destas são fundamentais para a nossa sobrevivência
Estas necessidades estão sempre presentes na nossa relação com os outros dada a sua importância vital e a satisfação dessa, pode marcar a forma como pensamos, nomeadamente como vamos construir as
nossas rotinas.
Desejo:
O Desejo relaciona-se com uma aspiração de alguma coisa que nos falta por isso há autoras que o definem pela insatisfação
Estes desejos Implicam um plano de vida de cada um pois, como já referi, é uma fonte impulsionadora que nos leva a agir, a tomar certo comportamentos. O desejpo tem uma dimensão essencialmente psicossocialporque nos somos livres de desejas o que quiseremos , mas os conhecimentos que temos, o contexto em que estamos inseridos , as nossas capacidas, limitam-nos o que desejamos
Diana Leite n.5 12.º A