quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

“O todo é mais que a soma das partes”


 À primeira vista, esta frase parece não ter qualquer sentido, dado que, aplicando propriedades matemáticas extremamente simples, nomeadamente a soma, podemos concluir que se A, B e C são componentes de X, X será igual à soma dos seus componentes, isto é, X=A+B+C ao invés de X>A+B+C.

                    A+B+C<X    

É de notar, todavia, que, como é muitas vezes referido, o cérebro humano é um órgão extremamente complexo, pelo que esta regra não se aplica, sendo substituída pelo princípio das propriedades emergentes, o qual dita que, ao juntarmos diversos componentes, eles reagirão entre si de forma diferente à que reagiriam quando em separado.

Exemplos muito simples do complexo princípio apresentado são o de moléculas como o H2O ou o CO2, em que, por mais propriedades que conheçamos dos átomos seus constituintes, não podemos prever com exatidão qual será o comportamento da água ou do dióxido de carbono face às diversas situações, só com base no conhecimento dos átomos individualizados, isto é, não podemos afirmar que a água é somente a soma de dois hidrogénios e de um oxigénio, como não podemos afirmar que o dióxido de carbono é somente a soma de dois carbonos e de um oxigénio, assim como não podemos afirmar que o cérebro é somente a soma das áreas frontais, com as áreas parietais, com as áreas occipitais, com as áreas temporais, com as áreas pré-frontais (já com estruturas como a área de Broca e o complexo de Wernicke incluídas), isto é, o todo (cérebro) é mais que a soma das partes (áreas anteriormente referidas).









João Pacheco nº17 12ºA

 

 

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